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Adolescência e trabalho: aula na Fiocruz resgata ação histórica do NESA

Trabalho de referência executado pelo NESA é tema de aula para cursos de especialização e residência na Fiocruz.
Carmen Raymundo discute os marcos do trabalho adolescente.

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A aula da assistente social do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente (NESA), Carmen Raymundo para alunos da Residência e Especialização Multiprofissional da Fiocruz representou também um resgate de um importante trabalho executado pela equipe multidisciplinar do  Núcleo como assessor  técnico em saúde do trabalhador do Ministério da Saúde, entre os anos de 2003 e 2013. 

Por 10 anos,  o NESA foi responsável por consolidar uma ampla rede estratégica em saúde do adolescente trabalhador. “O trabalho, de abrangência nacional, formou mais de 1,5 mil profissionais, produziu diversos materiais educacionais, realizou cursos e simpósios e fez do NESA uma referência no país”, explica Carmen. 

Antes de ser pesquisadora do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTH), Fátima Rangel foi uma das profissionais que colaborou com a construção das diretrizes de saúde do adolescente trabalhador. Fátima destaca a colaboração do NESA na construção de diretrizes no âmbito da saúde municipal e federal para erradicação do trabalho infantil e a proteção à saúde de crianças e adolescentes.

Formação profissional

“É importantíssimo esse momento de formação de profissionais. A compreensão de quanto o trabalho infantil impacta na formação de crianças e adolescentes como um todo. Não é só a perda da escola, da infância de um modo mais simbólico, mas também o comprometimento do crescimento físico e emocional. A gente compartilha da mesma concepção que é possível pensar uma vida para essas crianças e adolescentes fora do trabalho. Então é um momento muito rico”, avalia Fátima. 

“O investimento na formação de multidisciplinar de profissionais do SUS, da saúde do trabalhador na identificação, no acolhimento e na atenção integral à saúde de crianças e adolescentes em situação de trabalho é primordial para equipe do NESA”, destaca Carmen.

O psicólogo Maicon de Souza Pires é aluno da especialização em saúde do trabalhador. Ele tem uma trajetória familiar comum à de muitos brasileiros. O pai começou a trabalhar aos 12 anos, o irmão aos 14 e ele aos 15 anos. “Eu acompanho muito isso no dia a dia e nos atendimentos e relatos de famílias. Hoje consigo compreender que crianças e adolescentes não devem se ocupar com trabalho, mas na escola”, ressalta.

Para Carolina Pinheiro os conhecimentos compartilhados vão orientar a prática profissional. Ela também é psicóloga e atua no sistema judiciário. “O trabalho infantojuvenil tem sido observado de maneira mais crítica, sem essa naturalização. Entendo também que o que foi partilhado pela Carmen me ajuda a socializar com outras pessoas essa informação e transformar minha prática como das pessoas que atuam com a temática”, finalizou. 

Veja mais sobre a atividade no Instagram do NESA.

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